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quarta-feira, setembro 23, 2009

Fazer escolas.

Sempre gostei de cuidar/ficar/brincar/enfeitar/fazer felizes crianças pequenas, mais novas do que eu quando ainda era eu mesma uma criança. Hoje ainda gosto de oferecer a elas ambientes agradáveis, onde possam estar em paz e evoluindo de forma sadia, com confiança nos outros, fé na vida, esperança no futuro e uma ação bacana no presente. Gosto de bolar ambientes assim, de interagir com as crianças, de tentar oferecer o que precisam em cada fase de suas vidas. Gosto de fazer escolas.

Já fiz escola até para gatinhos nascidos lá em casa. Na verdade, desde quando nasceram me preocupei em oferecer um ambiente adequado: eles nasceram numa caixa que eu já tinha apresentado à mãe deles, e essa caixa ficava embaixo de uma mesa encostada na parede, num cantinho da cozinha lá de casa, bem aconchegante, sossegado e protegido. A toalha da mesa mantinha a família escondidinha lá embaixo, e lá os gatinhos permaneceram nas duas primeiras semanas, crescendo calmamente, limpinhos e alimentados pela mãe. Até que um dia, começaram a sair, a pular para fora da caixa. E aí eu achei que estava na hora de terem mais espaço: transferi a caixa para a área de serviço e fiz um limite mais largo com tábuas de madeira, de modo que eles, caso saíssem, poderiam rodar por ali um pouco, mas sem se perderem. Quando começaram a sair mesmo, e a passear pelo seu novo quintal, eu resolvi incrementar o ambiente com brinquedos, bolinhas, guizos, carretéis, e alguns fizeram mesmo muito sucesso.

Acho que com as crianças a gente precisa ter esse sentimento, esse interesse pelo outro, essa vontade de perceber as necessidades do outro e de tentar atendê-las cada vez melhor.

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Escrito em 2004.

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posted by Leila País de Miranda @ 8:00 PM