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sexta-feira, julho 08, 2005

Mais sobre Seymour Papert

texto extraído da página da Multirio www.multirio.rj.gov.br/multirio

Leia mais sobre Seymour Papert

Doutor em Matemática e membro do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, onde fundou o Laboratório de Inteligência Artificial, Seymour Papert vem enfatizando, desde a década de 60, a importância do computador como ferramenta de apoio ao aprendizado e de estímulo à criatividade.

Linguagem – Com colaboradores, desenvolveu uma metodologia de ensino no ambiente computacional, denominada Logo, de fácil compreensão e manipulação por crianças ou por pessoas leigas em informática e sem conhecimento de matemática. Da linguagem Logo nasceu a linha de brinquedos educativos LegoDacta, adotada internacionalmente.

Motivação – Segundo Papert, o computador consegue despertar, na maioria dos alunos, uma motivação que pode ser o primeiro trunfo do educador para resgatar o aproveitamento daqueles cujo desempenho precisa melhorar.

Livro – Como fruto dessa visão, escreveu inúmeros artigos e publicou diversos livros, entre eles A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática, Tempestades mentais: crianças, computadores e idéias poderosas e A família em rede. Nessas obras, enfatiza que a grande contribuição dos meios de comunicação digital para a educação é a flexibilidade, permitindo a cada indivíduo encontrar caminhos pessoais para aprender e tornar-se, assim, um aprendiz eficiente.

Construcionismo – Papert ainda deu outras fortes contribuições à área pedagógica. Com base na teoria construtivista do epistemólogo suíço Jean Piaget, com quem estudou durante alguns anos, criou o construcionismo. Apesar de entusiasta da perspectiva piagetiana – de considerar a criança um ser pensante, ativo e capaz de construir suas próprias estruturas cognitivas, mesmo sem ser ensinada –, Papert preocupou-se em avançar mais. Saiu em busca de condições para ampliar o instrumental de aquisição de conhecimento e para valorizar a interação do aluno com o meio.

Paulo Freire – Os conceitos de Papert aproximaram-no do educador Paulo Freire. Eles estiveram juntos, pela primeira vez, em 1995 – época em que surgia o CDI –, num seminário promovido pela PUC de São Paulo. Tanto Papert quanto Paulo Freire creditam ao professor um novo papel no processo de aprendizagem: o de facilitador, proporcionando aos alunos um ambiente capaz de fornecer conexões individuais e coletivas e de favorecer o desenvolvimento de projetos vinculados com a realidade de cada grupo. Ambos também encaram a educação como uma seqüência de desafios, em que, simultaneamente, todos os envolvidos ensinam e aprendem.

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posted by Leila País de Miranda @ 3:44 PM