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segunda-feira, junho 19, 2006

Feriado com direito a Pinguim!


Semana passada ficamos de férias no curso sobre a Escola da Ponte. Mas estou com sorte em relação a conhecimento! Quinta-feira fez um dia lindo e fomos à praia de Itacoatiara, e pela primeira vez na minha vida, vi um pingüim na natureza! Fiz a foto, que agora tá aí, e para complementar a informação, reproduzi a seguir um texto que colei do site do museu da vida da Fiocruz. Fiquei impressionada com a distância percorrida pelo pingüim, e que eles tem que ser levados de avião para pegarem uma corrente marítima favorável lá no Sul do Brasil. E fiquei muito orgulhosa do Zoológico de Niterói, onde os bichinhos são cuidados para voltarem fortes para casa! Parabéns ao salva-vidas que salvou a vida do pingüim, e parabéns para o pingüim, que conseguiu chegar vivo!!!!


De volta à natureza

Matéria publicada pelo Museu da vida, da Fiocruz

Nos meses de inverno, entre junho e setembro, um visitante inusitado costuma aparecer nas praias do litoral sul e sudeste brasileiro: o pingüim. Muita gente logo imagina: “Mas como pode ele sair daquele lugar gelado e vir parar aqui, neste calor?!”. E rapidamente, com a melhor das intenções, coloca o bichinho no gelo.

“Esse é um erro muito comum”, alerta André Sena, médico-veterinário responsável pelo Zoológico de Niterói, que faz a reabilitação destes animais e sua reintrodução na natureza. Ele explica que essa forma de resfriar um pingüim pode levá-lo à morte por hipotermia (baixa temperatura).

Segundo o veterinário, isso ocorre porque, em geral, os pingüins chegam muito magros e debilitados, com menos 30 a 60% do seu peso. Por causa da diminuição das suas reservas de gordura, eles precisam ser aquecidos, e não resfriados, para que a sua temperatura volte ao normal, em torno de 39° Celsius.

Além disso, o pingüim que aparece por aqui não é o famoso Imperial que vive no gelo da Antártica, mas o pingüim de Magalhães , da espécie Spheniscus magellanicus, que vive em climas mais amenos no sul da América do Sul – mais precisamente nas Ilhas Malvinas e na costa da Argentina e Chile.

André Sena esclarece que a maioria dos pingüins que chega ao litoral brasileiro é formada por jovens inexperientes, que entram em correntes marítimas mais fortes em busca de alimento, principalmente anchovas, e não conseguem retornar. “Além de magros, muitos chegam com ferimentos causados por ataques de tubarões ou de outros predadores marinhos, desidratados e com muitos vermes. Por isso, precisam ser imediatamente medicados”, complementa, informando que chegam ao Rio, anualmente, cerca de 50 a 60 pingüins.

No Zoo de Niterói, os pingüins passam por um processo de reabilitação que dura em média dois a três meses. Depois, viajam em aviões da Força Aérea Brasileira até o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Aqueles que têm condições são levados por embarcações da Marinha e soltos em uma corrente marítima que volta para o sul.

O veterinário não sabe dizer quantos pingüins conseguem sobreviver, mas acredita que independente dos números, dar a esses animais mais uma chance é uma forma de compensá-los pelos estragos que o homem tem causado, seja com a pesca e a caça predatória, com os derramamentos de óleo, ou a destruição do seu habitat natural.

Segundo ele, o esforço do projeto para reintegração dos pingüins é, sobretudo, conscientizar a população acerca da necessidade de se preservar a natureza: “Nós damos a esses animais mais uma chance, e ainda ganhamos enormemente em educação ambiental”, anima-se.

Caso você encontre um pingüim na praia, chame imediatamente a Polícia Ambiental, a Defesa Civil, ou o Corpo de Bombeiros da sua cidade.

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posted by Leila País de Miranda @ 9:25 AM

1 Comments:

At 12:55 PM, Blogger Ilnea said...

Entrando no espírito da Copa: Bonito gooooool!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Abraço grandão para você, para o pinguim e para o salva-vidas,
I

 

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