historinhasdamoleque

segunda-feira, setembro 28, 2009

Desenhos do João Emmanuel, 7 anos


João Emmanuel chegou aqui na semana passada. Já demonstrou seu talento de desenhista. Ficou feliz em saber que pode transformar seus desenhos em personagens de um jogo criado por ele, e está começando a aprender a programar este jogo. As competências necessárias para programar computadores nada tem a ver com as competências necessárias para desenhar. Vamos ver se o João tem todas elas.

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posted by Leila País de Miranda @ 8:56 AM 0 comments

quinta-feira, setembro 24, 2009

Que coisa, não?


Mapa dos seguidores da estação espacial internacional (ISS) no twitter em Setembro de 2009. Eu e a Moleque de ideias estamos aí. E que diferença brutal entre as regiões do mundo, não é mesmo?

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posted by Leila País de Miranda @ 11:48 AM 0 comments

Livro do Humberto Maturana disponível na rede RC

Abaixo, um trecho do livro. O livro faz parte da biblioteca digital da rede Românticos Conspiradores.

[...] O QUE É EDUCAR?


O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de convivência. O educar ocorre, portanto, todo o tempo e de maneira recíproca. Ocorre como uma transformação estrutural contingente com uma história no conviver, e o resultado disso é que as pessoas aprendem a viver de uma maneira que se configura de acordo com o conviver da comunidade em que vivem. A educação como “sistema educacional” configura um mundo, e os educandos confirmam em seu viver o mundo que viveram em sua educação. Os educadores, por sua vez, confirmam o mundo que viveram ao ser educados no educar.

A educação é um processo contínuo que dura toda a vida, e que faz da comunidade onde vivemos um mundo espontaneamente conservador, ao qual o educar se refere. Isso não significa, é claro, que o mundo do educar não mude, mas sim que a educação, como sistema de formação da criança e do adulto, tem efeitos de longa duração que não mudam facilmente. Há duas épocas ou períodos cruciais na história de toda pessoa que têm conseqüências fundamentais para o tipo de comunidade que trazem consigo em seu viver. São elas a infância e a juventude. Na infância, a criança vive o mundo em que se funda sua possibilidade de converter-se num ser capaz de aceitar e respeitar o outro a partir da aceitação e do respeito de si mesma. Na juventude, experimenta-se a validade desse mundo de convivência na aceitação e no respeito pelo outro a partir da aceitação e do respeito por si mesmo, no começo de uma vida adulta social e individualmente responsável.

Como vivermos é como educaremos, e conservaremos no viver o mundo que vivermos como educandos. E educaremos outros com nosso viver com eles, o mundo que vivermos no conviver.

Mas que mundo queremos?

Quero um mundo em que meus filhos cresçam como pessoas que se aceitam e se respeitam, aceitando e respeitando outros num espaço de convivência em que os outros os aceitam e respeitam a partir do aceitar-se e respeitar-se a si mesmos. Num espaço de convivência desse tipo, a negação do outro será sempre um erro detectável que se pode e se deseja corrigir. Como conseguir isso? É fácil: vivendo esse espaço de convivência.

Vivamos nosso educar de modo que a criança aprenda a aceitar-se e a respeitar-se, ao ser aceita e respeitada em seu ser, porque assim aprenderá a aceitar e a respeitar os outros. Para fazer isso, devemos reconhecer que não somos de nenhum modo transcendente, mas somos num devir, num contínuo ser variável ou estável, mas que não é absoluto nem necessariamente para sempre. Todo sistema é conservador naquilo que lhe é constitutivo, ou se desintegra. Se dizemos que uma criança é de uma certa maneira boa, má, inteligente ou boba, estabilizamos nossa relação com ela de acordo com o que dizemos, e a criança, a menos que se aceite e se respeite, não terá escapatória e cairá na armadilha da não aceitação e do não respeito por si mesma, porque seu devir depende de como ela surge — como criança boa, má, inteligente ou boba — na sua relação conosco. E se a criança não pode aceitar-se e respeitar-se não pode aceitar e respeitar o outro. Vai temer, invejar ou depreciar o outro, mas não o aceitará nem respeitará. E sem aceitação e respeito pelo outro como legítimo outro na convivência não há fenômeno social. [...]

Repito: sem aceitação e respeito por si mesmo não se pode aceitar e respeitar o outro, e sem aceitar o outro como legítimo outro na convivência, não há fenômeno social.

Além disso, uma criança que não se aceita e não se respeita não tem espaço de reflexão, porque está na contínua negação de si mesma e na busca ansiosa do que não é e nem pode ser. [...]

Mas como se obtém na educação a capacidade de ajustar-se a qualquer domínio do conhecer (fazer)? É preciso, por acaso, saber tudo desde o começo? Não, não precisa saber tudo desde o começo, mas, sim, é necessária uma postura reflexiva no mundo no qual se vive; são necessários a aceitação e o respeito por si mesmo e pelos outros sem a premência da competição. Se aprendi a conhecer e a respeitar meu mundo, seja este o campo, a montanha, a cidade, o bosque ou o mar, e não a negá-lo ou a destruí-lo, e aprendi a refletir na aceitação e respeito por mim mesmo, posso aprender quaisquer fazeres. [...]

Para que educar?

Às vezes falamos como se não houvesse alternativa para um mundo de luta e competição, e como se devêssemos preparar nossas crianças e jovens para essa realidade. Tal atitude se baseia num erro e gera um engano. [...]

O que fazer? Não castiguemos nossas crianças por serem, ao corrigir suas ações. Não desvalorizemos nossas crianças em função daquilo que não sabem; valorizemos seu saber. Guiemos nossas crianças na direção de um fazer (saber) que tenha relação com seu mundo cotidiano. Convidemos nossas crianças a olhar o que fazem e, sobretudo, não as levemos a competir.
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Maturana, Humberto (2002) - Emoções e linguagem na educação e na política

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posted by Leila País de Miranda @ 10:21 AM 0 comments

quarta-feira, setembro 23, 2009

Fazer escolas.

Sempre gostei de cuidar/ficar/brincar/enfeitar/fazer felizes crianças pequenas, mais novas do que eu quando ainda era eu mesma uma criança. Hoje ainda gosto de oferecer a elas ambientes agradáveis, onde possam estar em paz e evoluindo de forma sadia, com confiança nos outros, fé na vida, esperança no futuro e uma ação bacana no presente. Gosto de bolar ambientes assim, de interagir com as crianças, de tentar oferecer o que precisam em cada fase de suas vidas. Gosto de fazer escolas.

Já fiz escola até para gatinhos nascidos lá em casa. Na verdade, desde quando nasceram me preocupei em oferecer um ambiente adequado: eles nasceram numa caixa que eu já tinha apresentado à mãe deles, e essa caixa ficava embaixo de uma mesa encostada na parede, num cantinho da cozinha lá de casa, bem aconchegante, sossegado e protegido. A toalha da mesa mantinha a família escondidinha lá embaixo, e lá os gatinhos permaneceram nas duas primeiras semanas, crescendo calmamente, limpinhos e alimentados pela mãe. Até que um dia, começaram a sair, a pular para fora da caixa. E aí eu achei que estava na hora de terem mais espaço: transferi a caixa para a área de serviço e fiz um limite mais largo com tábuas de madeira, de modo que eles, caso saíssem, poderiam rodar por ali um pouco, mas sem se perderem. Quando começaram a sair mesmo, e a passear pelo seu novo quintal, eu resolvi incrementar o ambiente com brinquedos, bolinhas, guizos, carretéis, e alguns fizeram mesmo muito sucesso.

Acho que com as crianças a gente precisa ter esse sentimento, esse interesse pelo outro, essa vontade de perceber as necessidades do outro e de tentar atendê-las cada vez melhor.

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Escrito em 2004.

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posted by Leila País de Miranda @ 8:00 PM 0 comments

sexta-feira, setembro 04, 2009

Meus cachorros de desenho que as crianças gostam de colorir.


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posted by Leila País de Miranda @ 5:35 PM 0 comments