Teste.

Pode não significar nada, mas é gostoso de fazer.
Teste de QI

João Victor, água, alga.

Enquanto fazia o trabalho sobre os monstros do oceano profundo, o João Victor (5 anos e 9 meses), conversava comigo. Num momento ele quis se referir a algo, e ficava me olhando e falando "água". Eu não sabia o que ele queria dizer, mas sabia que não era "água", porque ele estava fazendo um esforço que não faria se a palavra desejada fosse "água" mesmo. Tão bonitinho se esforçando e ele acabou desistindo e se conformando: "Eu não sei falar isso mesmo." E foi aí que eu vi que era "alga"! Ele ficou muito feliz porque eu descobri a palavra e consegui ajudá-lo a se comunicar. Repetimos o som das duas palavras, escrevemos as duas palavras, reparamos bem a diferença.

É muito legal e surpreendente lidar com alguém que ainda se atrapalha com água e alga. E ajudar alegra e dá sentido à vida.

Professor Yves de La Taille, sobre os jovens, sobre todos nós.

"Mas uma coisa me parece certa: elas não estão felizes. Há sinais dessa infelicidade, que, aliás, acomete também os adultos. Há sinais como a busca incessante de divertimento, essa forma atraente de ‘esquecer da vida’. Há sinais como o consumo de drogas, cuja produção emprega milhares de pessoas e movimenta somas astronômicas de dinheiro. Há sinais como o uso e abuso de bebidas alcoólicas, cada vez mais precoce. Há sinais como a forte presença da depressão, notadamente entre jovens. E há o sinal maior: a grande freqüência de suicídios entre eles. O suicídio costuma ser motivado pela falta de sentido da vida. Ora, não há ética, não há felicidade possível sem sentido para a vida. E se muitos jovens estão nessa situação de ‘penúria existencial’, é culpa dos adultos, é culpa nossa. Ética do possível? Penso ser ainda possível construir uma sociedade que se inspire nessa bela definição de ética formulada pelo filósofo francês Paul Ricoeur: a perspectiva ética é a perspectiva de uma vida boa, para e com outrem, em instituições justas. Felicidade, portanto, mas uma felicidade na qual o outro tenha um lugar, lugar pela cooperação (com o outro), pela generosidade (para o outro) e pela política (instituições justas)."

João Victor (5 anos e 9 meses) e Victor Ornellas (6 anos e 4 meses)

Começaram pela preparação para fazer o "Filme de Terror." Durante a preparação do cenário surgiu uma conversa interessante, sobre se existiam ou não os monstros. João Victor Seródio demonstrou medo da figura do “Homem do Saco”, que foi mencionado. Victor Ornellas disse “Monstros são apenas coisas da imaginação.” Eu me lembrei das criaturas que podemos chamar de monstros do oceano profundo e eles se interessaram por ver as imagens no site Monsters of the deep sea ; ficaram muito motivados, querendo ver mais, perguntando pelos nomes científicos, comentando entre si. João Victor teve a idéia de fazer um livro. Victor Ornellas adorou a idéia também. Eu mesma fiquei sentada manuseando o computador e realizando as operações necessárias para compor o livrinho, e eles ao lado dando todas as idéias, tomando todas as decisões. Acompanhar é uma boa maneira de experimentarem um processo com início, meio e fim; são crianças pequenas, é importante a concretização, o resultado. Durante o processo fui mostrando onde estava gerando as imagens que baixávamos da Internet (no desktop); ficou claro também que eles poderiam escolher quais queriam para o livro de cada um. Queriam algumas, cada um deles o seu próprio conjunto, depois foram querendo as do outro, depois queriam todas. Eu disse que hoje daria para fazer um livrinho com umas três imagens e as outras eles poderiam fazer noutra sessão, eles mesmos. Saíram daqui com um livrinho com 3 figuras cada, sendo que o do Seródio com o nome científico e o do Ornellas com nome científico e nome inventado, escolha deles. Quiseram fazer uma capa para o livro e cada um desenhou no papel uma imagem que depois foi digitalizada com scanner, impressa (por sugestão do Vitor Nunes; a outra opção era desenhar direto com programa de desenho), recortada e unida ao resto do livro. Viram também que o nome científico, muito complicado para um ser humano copiar sozinho, é facilmente copiado pelo ser humano que tem um computador à disposição. Viram o mesmo arquivo ser armazenado com dois nomes diferentes e viram que os dois documentos podiam ir sendo alterados alternadamente. Gostaram muito do trabalho e de hoje!

P.S. Encontrei hoje fotos muito interessantes na galeria de imagens de anúncio do livro Deep (Editado pela Universidade de Chicago).

Conta rápida.

Achei bom tentar adivinhar o resultado das contas em JeffersonLab .

Pipoca com celular - mais um do Glúon.

Outro vídeo que achei no Glúon/blog . O editor lembra que nem tudo é verdade. Mas como nem tudo é mentira, dá vontade de experimentar.

Muita coisa que a gente vê e acha que é, não é.

Vi o vídeo num blog chamado Glúon/blog , dedicado a ciências. Gostei.

Dois anos luz e depois ... ruído.

Não vi este filme, baseado no livro Contato, de Carl Sagan.
Gosto desta imagem, de pensar em nós mínimos, e no todo onde a gente flutua. Me impressiona, me espanta, eu acho muito legal.

Encontrei a cena hoje no Blog Ceticismo Aberto . O autor do blog afirma que nossas transmissões de rádio só conseguem se propagar até dois anos-luz de distância da Terra. Depois ... ruído.

dois anos luz = 1,89210568 × 1016 metros

De Wikipedia:
Não é que nada viaje acima da velocidade da luz, a verdade é que nada que conhecemos viaja mais rápido que a velocidade da luz.

* A luz leva pouco mais de 1 segundo para viajar da Lua até a Terra.
* A luz leva cerca de 8,3 minutos para viajar do Sol até a Terra.
* A sonda espacial que se encontra mais distante de nós, Voyager 1, estava a 12,5 horas-luz de distância da Terra em Janeiro de 2004.
* A segunda estrela mais próxima conhecida (a mais próxima é o Sol), Proxima Centauri está a 4,22 anos-luz de distância.
* Nossa Galáxia, a Via Láctea, tem cerca de 100 000 anos-luz de diâmetro.
* O universo observável tem um raio de cerca de 13 700 000 000 anos-luz. Isto porque o Big Bang ocorreu cerca de 13,7 bilhões de anos atrás e é impossível ver mais além desse tempo. Esse raio expande-se em todas as direções na velocidade de um segundo-luz por segundo.
* Como nossa galáxia tem 100 000 anos-luz de diâmetro, uma nave espacial hipotética, viajando próximo à velocidade da luz, precisaria de pouco mais de 100 000 anos para cruzá-la. Entretanto, isso apenas é verdade para um observador em repouso com relação à galáxia; a tripulação da nave espacial experimentaria essa viagem em um tempo bem menor. Isso por causa da dilatação do tempo explicada pela teoria da relatividade especial. Por outro lado, a tripulação iria vivenciar uma contração da distância da galáxia: do ponto de vista deles, a galáxia vai aparentar estar muito diminuida.

Tudo pode ser mentira. Algo pode ser verdade. A cena é imagem.

Frases para usar.

Tem frases que eu acho imperdíveis. Essa é de Caio Ferreira, 10 anos, jogando fase de Lode Runner feita por ele e Arthur Cardoso para jogar em dupla:

“Vamos atraí eles! Vamos atraí eles juntos que atrai melhor!”

Vitor Nunes, 6 anos e 7 meses.

Outras do Vitor que nào dá para deixar passar:

1) Observando o Vitor Ornellas no Google Earth, disse: Você tá no Gu-gle! Isso é de adulto, você tá querendo o quê aí??

2) Respondendo a uma colocação do Mateus, de que "Será que sabemos mesmo o que é Deus?" - ficou quieto um tempo e disse: "Todo mundo sabe o que é Deus, ora. Deus é Papai do Céu."

3) E incomodado com a quantidade de palavrões que ouviu no Maracanã, falou para a mãe: "Mãe, você precisava ir lá e dizer lá naquele telão que tem outras maneiras de falar sem ser falando palavrão!".

Do Caos à Luz

O que me incomoda quando pessoas vem olhar as aulas é que existem vários tipos diferentes de momentos caóticos, quando a gente fica mesmo pensando o quê fazer.

E dependendo de quanto tempo a pessoa fique aqui, pode sair antes de que se faça a Luz, e ficar com má impressão. Mas a Luz está sempre se fazendo aqui na Moleque de idéias.

Caio Bessa voltou. Está com 12 anos e 7 meses. Continua simpático e bom de conviver.

A 1a. imagem o Caio pesquisou e pegou na Internet. Quis usar a figura como personagem de um jogo que ele pensou em fazer. Usou software de edição de imagens, usou ferramenta de seleção e fez o contorno da área que precisava apagar com rapidez, concentração, precisão. Chamou o arquivo de Kurosaki ichigo quase limpo xP. Depois de ler o nome é que vi que ele ainda vai precisar retirar o fundo contido pelos braços/roupa da figura. Caio é muito competente.

Daniel ontem.

Como tem acontecido em muitas aulas, todos chegaram, menos o Hélio.

Mateus foi buscá-lo, até porque a escola está em obras e ontem era a primeira vez que eles teriam que usar uma outra porta de entrada.

Eu comentei: "O Hélio deve estar perdido por aí."

E daí ouço a voz do Daniel: "Aquela rotinazinha dele de quarta."

E mais tarde, quando perguntei se ele ia colocar as barbatanas no carro monstro gigante de dinossauro robô que estava fazendo com o PHUN: "Eu ainda vou fazer... cada coisa em seu tempo, né Leila?"

Mãe com medo.

Hoje recebi a visita de uma mãe de um filho de 5 anos, que tinha nos conhecido por propaganda e estava preocupada em entender como poderia funcionar um trabalho apoiado no desejo de cada criança. "Mas tem instrutor? A criança fica sozinha, vai prá lá, vai prá cá? A criança fica solta?" Depois de explicar um pouco, achei melhor deixá-la viver o processo e perguntei a ela o que ela escolheria fazer se fosse estudar aqui na Moleque de idéias. Como tinha visto no site, quis fazer uma animação. Comecei então por mostrar a câmera, por perguntar se ela tinha idéia de que programa servia para fazer animação. Ela não sabia, mostrei o atalho, ela iniciou o programa e começou a entender e em seguida já estava fazendo um pequeno vídeo. Mas o que me chamou atenção foi o "Ai, que vergonha", dito por ela às vezes, porque não sabia.

Pensei em como as nossas escolas nos formam dependentes de orientação, acomodados, assustados diante do conhecimento e envergonhados por demonstrar que ainda não sabemos algo.

As crianças pequenas não sofrem deste mal: são curiosas e ainda não aprenderam que não sabem. Elas simplesmente aprendem.

Depois da experiência ficamos bem eu e ela. Ela saiu satisfeita e vai trazer o filhote para cá amanhã, para ele experimentar, para ele ver se gosta. Seja bem-vindo o João!